*Marcos Miguel da Silva
Pela natureza, uma Pátria gigante.
Que ostenta inigualável riqueza,
Habitat de um míxer humano deslumbrante,
Amabilidade peculiar, fúlgida beleza.
Hoje maculada pelo ultraje da ganância,
Que gera incerteza, instabilidade institucional.
E do progresso sinaliza grande distância;
O que era marolinha hoje é crise nacional.
Peca em segurança, saúde e educação,
Altos juros levando empresas à falência.
Quão triste ver essa grande nação,
Agonizando na fila da indigência.
Perdeu-se o senso do que é ser patriota,
Do azul anil, do verde e do amarelo.
Permitiu-se que a droga transforme lúcido em idiota,
Surgimento danoso do poder paralelo.
Violência em proporção insuportável,
Como se fosse algo exclusivo do Brasil.
Domina o medo, sentimento incontrolável...
De um povo heróico na mira do fuzil.
Reflexo da inversão de valores,
Que transformou regra em exceção.
No seio, cada vez menos amores.
Governantes mergulhados em corrupção.
Dura sina desta terra continente...
Carente do penhor da igualdade,
Clama por uma solução emergente,
Temendo pela própria liberdade.
* Advogado, escritor, historiador e poeta; membro da A.R.L.S. Universitária Cristal dos Três Vales - n. 3.822 (Teófilo Otoni-MG); membro titular da cadeira n. 15 da Academia de Letras de Teófilo Otoni - ALTO; membro titular da cadeira n. 13 da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas - AMLM. Autor dos livros "RIO DAS PEDRAS - ITAIPÉ 50 ANOS" e "EU E A VIDA AOS OLHOS DA LUZ", e co-autor de diversas antologias.